domingo, 7 de setembro de 2008

Lições, lembranças afetivas familiares, decisões e afins

Que não é fácil viver em grupo todo mundo sabe. Conviver é uma arte. Falando de família então...essa relação de amor nascido e ódio parido é pra doido. Por vezes compreendo aqueles que vivem só, mas logo, logo sinto pena, tadinhos. Não sofrem com esse aprendizado árduo de múltiplos palpites, caras amarradas, cobranças e etc, porém não sabem o que é mesa cheia de domingo, segredos entre irmãos, roupinhas que passam de geração p geração...
Família é essa dualidade, faz com que a gente se sinta meio bipolar (essa agora é moda!): convite p almoçar, felicidade; briga p lavar a louça, tristeza! Lembrar o passado tbm pode ser perigoso: o que começa com uma recordação emotiva feliz pode evoluir pra uma calorenta discussão muito infeliz. 1º lição: recorde o passado com muito cuidado! Não lembre do carrinho que vc gostava mas sabe q seu irmão quebrou(ele continua negando, descarado!) ou daquela gravação que sua mãe fez de vc cantando com desenvoltura aos três aninhos e que a sua irmã mais velha apagou com outra gravação (ela lembra com orgulho! Era muita repercução positiva em cima da maninha...) Pais e mães tbm tem uma excelente memória seletiva! Não adianta insistir, eles não lembram de todas as injustiças que cometeram e que marcaram vc p sempre: "Minha filha, foi o teu pai, eu bem q falei p não fazer aquilo!" "Capaz! Eu nunca te coloquei p fazer serviços domésticos!" E como nada foi documentado, vc só vai arranjar confusão.
Família tbm não sabe fazer escolhas muito bem... tomar decisões em comum acordo talvez seja tão fácil quanto acabar com a corrupção, baixar o juros do cheque especial, essas coisas... E não pense aproveitar enquanto os filhos são pequenos p tomar decisões fáceis. "Vamos ver o filme agora ou comer primeiro?" "Vamos na praçinha ou no shopping?" "Festa da Barbie ou das Princesas?" Esqueça a facilidade do "antigo" convencimento infantil. Os pequenos hoje são muito, eu digo MUITO MESMO, firmes em suas escolhas. Nada que uns gritinhos na frente de uma platéia qualquer não resolva... E como dizem por aí: filhos criados trabalho dobrado! Acredite, no quesito fazer escolhas, nada mais significativo. Agora temos genros, sim...noras, sim...sogras, e aí minha gente, a coisa é feia! A polêmica criada nesses momentos é digna de altos índices de IBOPE de novela das oito...é comico e triste ao mesmo tempo(olha a bipolaridade aí!). São tantos interesses, tantas justificativas...E nesses momentos tbm é preciso tomar cuidado com aquela primeira lição a cerca das lembranças do passado, logo acima, ok? Sim pq pra convencer o oponente são desenterrados os problemas mais antigos, as feridas ainda não curadas, as memórias que deveriam ser apagadas, a mancha negra do passado alheio... Outra lição: não abra um leque muito grande de opções. Dê no máximo, duas alternativas e o esquema da votação salva sempre qualquer democracia! Pode até apelar p memórias afetivas familiares, com cuidado. Mas escolha aquelas que irão deixar todos felizes. O pressuposto da união deixa sempre o papai e a mamãe convencidos. Afinal, existem famílias pq seja por laços de sangue, de amor ou por falta de "laço" mesmo as pessoas ainda gostam de estar unidas. Algumas grudadas até níveis perigosos de sufocamento, outras com menos apego, outras ainda por email, mas no fim sempre ali, reunidas em volta "do pai e da mãe" e cometendo o mesmo erro, digo, acerto, ou sei lá, não sei (essa minha bipolaridade!) de construir uma NOVA FAMÍLIA. Mas sem deixar a "antiga" p trás...daí já viu!"Põe mais água no feijão!" "Feijão??? Por que não macarronada?" "Ah é, macarronada! Lembra aquela vezq teu pai..." Bah...com essa fico por aqui... FAMÍLIA: AMO VCS!!!

domingo, 27 de julho de 2008

Esse eu fiz pra minha filha, um mês antes do parto...

Da mamãe p/ Isadora

Em dezembro
Dezembro não demora
Dezembro está próximo
Em dezembro, quase agora,
A vida vai ser o máximo!

Em dezembro, o sol é mais lindo
Dezembro traz o calor
Em dezembro ELA vem vindo
E dezembro será só amor...

Dezembro, dezembro, dezembro
Não sei se quero que venha logo
Pois não sei se o amor que vem da barriga
Pode ser maior do que o que vem do colo...

Novembro de 2004

Poema da tia Corina pra mãe...

Parabéns Maria
Eu não sou poetiza,
Só descrevo a emoção.
Eu falo o que sinto,
No meu coração.
Hoje bem cedo
Logo ao despertar;
Em profunda oração
Eu me vi a louvar,
Pelo dom da vida,
Que Deus quis nos dar.
Lembrei de você,
Em meio a oração
Eu podia te ver,
Ainda bebê,
No primeiro instante
Do teu nascimento,
Passo a passo eu te via crescer,
Ainda na infância
Menina criança
Graciosa tão linda
Encantando a todos
Que pudessem te ver.
Cabelos em cachos,
Em forma de um véu,
Em tom bem suave
Loiro cor de mel,
No balanço da brisa
Jogando-os ao léu
Olhinhos brilhantes
Azul como o céu.

A vida é uma graça,
Presente de Deus.
Por isso não passa,
Retorna nos teus
Primeiro nas filhas,
Com todo o esplendor.
São cópias fiéis,
São frutos do Amor.
Refletem tua infância,
Com todo fulgor.
Hoje vejo na Amanda,
Depois na Isadora,
Maria menina,
Graciosa de outrora
A vida é uma graça
Por isso não passa.
Transforma os encantos
Da vida em ação.
A linda princesa
É hoje rainha,
Mostrando à mulher
A sua missão.
E a força que traz
No seu coração.
Lutar pela paz,
Construir a união
E assim ser capaz de,
A partir do seu lar
Transformar a Nação.


Parabéns pela nobreza no desempenho da tua missão.
Beijos da mana Corina
28/02/2008

Em um outro dia das mães...

A gente sempre soube que mãe é tudo, né? Mesmo que de vez em quando não tenhamos dado o valor devido às atitudes das nossa mães... Agora, depois que viramos mães também, tudo muda. Não, não é aquele "papo de mãe" de "...quando tiveres um filho tu vais ver!", não é isso. SER MÃE É TUDO. Sim, a gente passa a entender "aquelas" atitudes, e até se vê querendo fazer coisa pior(hehe), mas na verdade acho que o mundo todo ao nosso redor passa a ter outro sentido. A partir do momento em que descobri que seria mãe, descobri junto o significado do amor mais verdadeiro e profundo que pode existir. Descobri que podia amar de uma maneira muito maior, impossível de imaginar, descobri O AMOR incondicional. Amo minha família, meu marido, meus amigos, meu trabalho, mas ESSE amor eu desconhecia. Não é maior, nem melhor, mas é ser carne, ser alma, ser alimento, ser vida...vcs sabem do que eu estou falando!! É quase impossível de descrever. Por isso falavam tanto que ser mãe é padecer no paraíso...vê só! Uma expressão tão "batida", agora faz o maior sentido: esse amor também é doído por que sabemos que essas coisinhas que só sabiam gemer e sujar as fraldas, daqui a pouco estarão nos dando alguma lição de moral, nos ensinando alguma nova tecnologia, nos apresentando o namorado, nos dando netos...(mãe viaja...!)e apesar disso tudo ser maravilhoso, no fundinho do coração, a gente queria eles sempre ali, chamando "mamãe!". Vamos parar com isso! Nada de virar galinha, criar asas e querer colocá-los p/ dentro!Isso é um perigo! E a dor desse amor tão grande está aí, pois desejamos ter o NOSSO filho e desde pequeninho ele começa a nos mostrar que é do mundo, agradece por termos lhe ensinado a andar, a falar, a comer, a tomar banho, etc, mas já vai indo pois tem a vida toda pela frente...! Bem , a verdade é que depois que me tornei mãe, sinto que virei alguém de verdade (não sei o que era ou fiz até agora...hehehehe!) e queria aproveitar esta data p/ colocar p/ fora essas "divagações" e compartilhar com vcs essa alegria e essa realização de ser MAMÃE! FELIZ DIA P/ VCS e desculpem as bobagens...um abraço!
ps: parei de escrever diversas vezes p/ atender a Isa que pedia atenção, o que dei com todo AMOR, com toda a babação, bem boba ao ouvir "MÃE!!!" conforme ela merece...não podemos perder nenhum momento!!!

Mães...

“Só as mães são felizes...” *

Desde o dia 14 de dezembro de 2004 todos os dias passaram a ser os melhores da minha vida. Parei de viver esperando aquele que seria “o dia” em que a felicidade afinal chegaria pra mim. Naquela terça feira de sol brilhando e de calor intenso a minha felicidade nasceu. A partir daquele dia passei a experimentar o que é ser feliz mesmo em momentos difíceis, mesmo em dias que normalmente seriam tristes. Virei MÃE. E agora considero essa data, o segundo domingo de maio, muito especial. Feliz não é só o dia das MÃES. Felicidade é SER MÃE...
Depois de 39 semanas de espera a Isadora me foi entregue para permitir que eu pudesse experimentar essa constante felicidade. Podem até achar engraçado, mas como mãe, até minhas tristezas, meus medos, minhas angustias passaram a ser prazerosas e ...FELIZES! É verdade: descobri que é possível ser feliz até quando sofremos. Sofrer por um filho ou passar por todo tipo de trabalho ou provação que ser mãe implica é estar sendo feliz. Mas não pensem que sou daquelas mães babonas que acham lindo tudo que os filhos fazem e criam monstrinhos. Não. Quem me conhece sabe. Não é disso que estou falando.
Falo da capacidade que as mães têm (quase todas!) de transcender o significado da palavra felicidade. Enquanto antes ficávamos esperando o príncipe encantado, ou o emprego dos sonhos, ou “aquela roupitcha” maravilhosa e vendo nesse tipo de coisa a busca pela felicidade, hoje esse sentimento transborda ao ouvir: “Mãe, consegui!” Pode ser subir um degrau, amarrar os sapatos, pintar dentro da linha, passar no vestibular... Não importa! Me sinto plena apenas de ver como a minha filha olha nos meus olhos, ou em vê-la dormir.
Tudo, que nós, mães do século vinte e um, precisamos enfrentar, todos os dilemas, como ser profissional, manter a boa forma (ai, ai...), cuidar da vida sexual, estar antenada no que acontece no mundo, é motivo de angústia. Mas passar por tudo isso sendo MÃE, me traz MUITA FELICIDADE. Como já disse, há dois anos e cinco meses experimento o que vejo muitos buscando sem sucesso: ser plenamente feliz! Não deixei de continuar as minhas “buscas”, de querer mais da vida. Continuo buscando mais, mas agora tudo tem mais sentido, mais cor, mais verdade.
Ser MÃE pode nem sempre significar ser feliz. Essa á uma experiência que graças a Deus vivencio, pois minha filha é saudável e feliz. Vendo o Globo Repórter de ontem, me emocionei muito com uma mãe ao lado da filha em um leito de hospital dizendo-se a mãe mais feliz do mundo, pois sua filha veio p/ mudar a sua vida, para dar sentido e transformá-la em um ser melhor. Por menor que fosse o tempo que estariam juntas seria o melhor de todos e me mesmo se um dia se separassem ela carregaria pelo resto dos seus dias a felicidade que encontrou ao seu lado. MÃE é assim. Como disse ano passado, nunca aquela frase “sofrer no paraíso” teve tanto sentido.
Faço aqui um apelo pra que todas as mães saibam encontrar essa felicidade, senti-la nas pequenas coisas, pois é ali que ela está. Aproveitem cada sorriso, cada choro, e mesmo tendo que ser dura às vezes, possamos mesmo em silêncio sentir o que é ser plenamente feliz simplesmente por ser MÃE. Feliz dia, MAMÃES!!! Feliz todo dia!!!

Lili Coimbra

* Frase de Jack Kerouac


Este texto foi escrito em 2007, pelo dia das mães.

Família SEMPRE!

Adoro quando sons, imagens ou cheiros me remetem à algum lugar do passado! E como isso acontece comigo! Sinal de que tenho muitas lembranças... A última vez que isso aconteceu foi na quinta feira passada. Quem assistiu ao programa sobre o Cassino do Chacrinha? Nossa! Era uma coisa que eu tinha esquecido que fez parte da minha vida. Na minha família a televisão sempre foi um "ser" presente, quase 24 horas. Na quinta, deitada na minha cama, quando ouvi de novo aquela música... parece que uma gaveta há muito tempo fechada da minha mente se abriu. Vizualizei a minha casa na época, a sala pequeninha, a janela com a persiana fechada por causa do sol da tarde, aquele cheirinho de limpeza...sim, porque sábado a casa da D. Maria estava sempre impecável e geralmente eu já estava de banho tomado. Aquela música...aquele velhinho louco que jogava coisas nas pessoas da platéia, com aquela buzina e eu repetindo: "Terezinhaaaaa" Fantástico! Senti até o cheiro do bolo que estava no forno, ouvi as risadas do meu pai na sala, e vi a Vó Dócia rindo baixinho, disfarçada e com o tricô na mão. E daí a mãe vinha da cozinha ou de outro canto da casa pra dar uma espiadinha... "Coitado do calouro!" Aquela música me trouxe as tardes de sábado da minha infância, vi e senti tudo aquilo de novo em questão de segundos...bendita memória! Deitada na cama, meus olhos transbordaram umas duas lágrimas: uma de saudade da infância, outra de alegria por ter vivido aquele momento de novo. Enquanto limpava o rosto, e ria ao mesmo tempo, agradeci a Rede Globo, a quem inventou a televisão e a história de passar esses programas de novo, e principalmente à mãe e o pai por me darem essa infância tão boa, tranquila e simples que quinta feira experimentei de novo! "Abelardo Barbosa...tãntãtãnana...está com tudo e não está prosa..."