quarta-feira, 22 de setembro de 2010

http://www.youtube.com/watch?v=E1aggoKqhc4


Esse link mostra como a minha família começou...heheheh. Saudade Vô!!!

Várias imagens, o mesmo significado...

Família...
Família...

De volta para o desconhecido...

Eu não sei.A única coisa que sei é que vou de volta. Pra onde não sei. É uma tentativa de descobrir. A gente se joga no desconhecido procurando desvendá-lo. Mas essa não sou eu. Estou sendo levada a isso sem que possa escolher. Não há outra opção a não ser se deixar levar. A escolha não existe quando se está procurando algo que se desconhece. A sensação que eu tenho é a de ter sido arrancada da minha própria vida e estar imóvel, um nível acima observando tudo. Essa é a minha vida. A minha vidinha, corrida, desorganizada, mas minha, feliz. Eu a quero de volta. Ai como soa dramático tudo isso!!! É por isso que não sei o que pensar...Estou privada de ser o que sou, de ser mãe, de ser mulher, de ser profissional em função de uma doença que ainda desconheço e isso está me deixando louca. Detesto a queixa. Até porque sempre penso nas situações piores que muitas pessoas enfrentam no momento. Só preciso ter paciência. Tudo vai dar certo. Tudo vai voltar a ser como antes. Tudo...O desconhecido vai se apresentar, vou finalmente conhecê-lo e assim vou saber o que fazer. E ele vai sumir. Vou voltar pra minha vida corrida e desorganizada e vou ficar imensamente feliz em me queixar por estar cansada, por não ter tempo...Eu sei.

sábado, 18 de setembro de 2010

Como se faz?

Adoro escrever. Tenho conseguido expressar claramente meus sentimentos assim. E serve como uma terapia. As coisas vão saindo e se reorganizando na mente e no coração. Aquilo que não presta,é deletado. Só o que vale a pena fica registrado. Mas há dias que estou com muita vontade de escrever, de fazeresse processo e não consigo... Como se faz se um turbilhão de palavras gritam ao mesmo tempo e todas parecem as certas e também as erradas? Como se faz? Como se faz se me sinto cheia de coisas pra escrever e vazia ao mesmo tempo? Não estou conseguindo clarear o que está acontecendo comigo. Penso em muitas possibilidades para focar ao mesmo tempo. Queria muito falar da minha experiência recente no hospital. Mastenho um certo bloqueio qaunto à isso. Na verdade é tipo um medo de parecer estar valorizando demais, afinal, tem gente sofrendo muito mais. Tenho vergonha de me queixar ou pedir ajuda Divina em função disso. Mas eu não vou falar muito do sofrimento que estar hospitalizada implica.  Quero falar das coisas boas que isso essa experiência me trouxe. As pessoas. É um clichê, mas é realmente nessas horas que AS PESSOAS da tua vida se mostram verdadeiramente. Eu estava totalmente dependente e fragilizada, estar doente parece como voltar a ser um bebê, e de repente surgem na tua frente, ou melhor ao teu lado, figuras maternas onde menos se imaginaria e tudo vira uma lição. Minha mãe, vira uma leoa, uma gigante, sem palavras pra descrever, aquela com quem eu mais me sentia segura, mais protegida. Meu amor, meu grande amigo e parceiro. O amor verdadeiro se comprova também nas adversidades. É facil amar o belo e o perfeito. Ver o medo nos olhos daquele que se ama, não é bom, mas às vezes sentimentos ruins nos tornam mais fortes. E com ele pude ser verdadeira, chorar quando precisava, mostrar minha dor quando vinha o desespero e ficar tranquila. Com ele posso tudo, até ter medo de perder. Esse amor é a maior conquista da minha vida, minha maior benção. E ver uma pessoa que esteve no teu colo e que sempre te inspirou precisar de proteção estar ali te protegendo e te cuidando? Não sei se consigo expressar o que realmente isso me causou. Foi um marco na minha percepção de que realmente minha irmã mais nova, é apenas isso: mais nova, cronologicamente. Que ela já havia crescido, eu sabia. Mas a vi GRANDE, uma grande mulher, uma grande irmã, uma grande presença. Outra pessoa que esteve ao meu lado nesse momento foi minha sogra. Mais uma vez pude comprovar que tenho também mais uma mãe para contar e amor de mãe, não é fácil de encontrar. O carinho e a dedicação quebra qualquer esteriótipo de relação nora e sogra. Por último, a pessoinha que mais me importa nesse mundo:minha filha. Não posso dizer que a sua independência me surpreendeu.  Eu sabia que ela era forte. Aos cinco anos,por hora se mostra mais forte que todos nós. E a compreenção que tem nessas horas, não sei de onde ela trás. Minha filha continua me ensinando e me educando enquanto eu brinco de apresentar o mundo pra ela. E fora essas pessoas que estiveram ali sempre ao meu lado, tem também todas as outras que demonstraram de uma forma ou de outra preocupação, carinho, amizade, e tudo mais que se pode oferecer nessa hora.Meu pai, minhas irmãs, minha avó, meu sogro, cunhados,família, amigos, conhecidos e desconhecidos! Não tenho como citar todos, tenho apenas a agradecer. Precisava MUITO agradecer e por tudo que recebi, acho pouco esse agradecimento. Queria apenas "fazer o meu processo", meu ritual. E acho que descobri "como se faz". Ao menos quanto aos meus sentimentos em relação a esses ANJOS da minha vida. Quanto à como me sinto comigo mesma,ainda não consigo. Ainda estou doente, as dores voltaram, as dúvidas são maiores ainda. Minha vida está parada. E não estou conseguindo movimentá-la. Nem descrevê-la aqui.Ainda não. Como se faz?