domingo, 27 de julho de 2008

Esse eu fiz pra minha filha, um mês antes do parto...

Da mamãe p/ Isadora

Em dezembro
Dezembro não demora
Dezembro está próximo
Em dezembro, quase agora,
A vida vai ser o máximo!

Em dezembro, o sol é mais lindo
Dezembro traz o calor
Em dezembro ELA vem vindo
E dezembro será só amor...

Dezembro, dezembro, dezembro
Não sei se quero que venha logo
Pois não sei se o amor que vem da barriga
Pode ser maior do que o que vem do colo...

Novembro de 2004

Poema da tia Corina pra mãe...

Parabéns Maria
Eu não sou poetiza,
Só descrevo a emoção.
Eu falo o que sinto,
No meu coração.
Hoje bem cedo
Logo ao despertar;
Em profunda oração
Eu me vi a louvar,
Pelo dom da vida,
Que Deus quis nos dar.
Lembrei de você,
Em meio a oração
Eu podia te ver,
Ainda bebê,
No primeiro instante
Do teu nascimento,
Passo a passo eu te via crescer,
Ainda na infância
Menina criança
Graciosa tão linda
Encantando a todos
Que pudessem te ver.
Cabelos em cachos,
Em forma de um véu,
Em tom bem suave
Loiro cor de mel,
No balanço da brisa
Jogando-os ao léu
Olhinhos brilhantes
Azul como o céu.

A vida é uma graça,
Presente de Deus.
Por isso não passa,
Retorna nos teus
Primeiro nas filhas,
Com todo o esplendor.
São cópias fiéis,
São frutos do Amor.
Refletem tua infância,
Com todo fulgor.
Hoje vejo na Amanda,
Depois na Isadora,
Maria menina,
Graciosa de outrora
A vida é uma graça
Por isso não passa.
Transforma os encantos
Da vida em ação.
A linda princesa
É hoje rainha,
Mostrando à mulher
A sua missão.
E a força que traz
No seu coração.
Lutar pela paz,
Construir a união
E assim ser capaz de,
A partir do seu lar
Transformar a Nação.


Parabéns pela nobreza no desempenho da tua missão.
Beijos da mana Corina
28/02/2008

Em um outro dia das mães...

A gente sempre soube que mãe é tudo, né? Mesmo que de vez em quando não tenhamos dado o valor devido às atitudes das nossa mães... Agora, depois que viramos mães também, tudo muda. Não, não é aquele "papo de mãe" de "...quando tiveres um filho tu vais ver!", não é isso. SER MÃE É TUDO. Sim, a gente passa a entender "aquelas" atitudes, e até se vê querendo fazer coisa pior(hehe), mas na verdade acho que o mundo todo ao nosso redor passa a ter outro sentido. A partir do momento em que descobri que seria mãe, descobri junto o significado do amor mais verdadeiro e profundo que pode existir. Descobri que podia amar de uma maneira muito maior, impossível de imaginar, descobri O AMOR incondicional. Amo minha família, meu marido, meus amigos, meu trabalho, mas ESSE amor eu desconhecia. Não é maior, nem melhor, mas é ser carne, ser alma, ser alimento, ser vida...vcs sabem do que eu estou falando!! É quase impossível de descrever. Por isso falavam tanto que ser mãe é padecer no paraíso...vê só! Uma expressão tão "batida", agora faz o maior sentido: esse amor também é doído por que sabemos que essas coisinhas que só sabiam gemer e sujar as fraldas, daqui a pouco estarão nos dando alguma lição de moral, nos ensinando alguma nova tecnologia, nos apresentando o namorado, nos dando netos...(mãe viaja...!)e apesar disso tudo ser maravilhoso, no fundinho do coração, a gente queria eles sempre ali, chamando "mamãe!". Vamos parar com isso! Nada de virar galinha, criar asas e querer colocá-los p/ dentro!Isso é um perigo! E a dor desse amor tão grande está aí, pois desejamos ter o NOSSO filho e desde pequeninho ele começa a nos mostrar que é do mundo, agradece por termos lhe ensinado a andar, a falar, a comer, a tomar banho, etc, mas já vai indo pois tem a vida toda pela frente...! Bem , a verdade é que depois que me tornei mãe, sinto que virei alguém de verdade (não sei o que era ou fiz até agora...hehehehe!) e queria aproveitar esta data p/ colocar p/ fora essas "divagações" e compartilhar com vcs essa alegria e essa realização de ser MAMÃE! FELIZ DIA P/ VCS e desculpem as bobagens...um abraço!
ps: parei de escrever diversas vezes p/ atender a Isa que pedia atenção, o que dei com todo AMOR, com toda a babação, bem boba ao ouvir "MÃE!!!" conforme ela merece...não podemos perder nenhum momento!!!

Mães...

“Só as mães são felizes...” *

Desde o dia 14 de dezembro de 2004 todos os dias passaram a ser os melhores da minha vida. Parei de viver esperando aquele que seria “o dia” em que a felicidade afinal chegaria pra mim. Naquela terça feira de sol brilhando e de calor intenso a minha felicidade nasceu. A partir daquele dia passei a experimentar o que é ser feliz mesmo em momentos difíceis, mesmo em dias que normalmente seriam tristes. Virei MÃE. E agora considero essa data, o segundo domingo de maio, muito especial. Feliz não é só o dia das MÃES. Felicidade é SER MÃE...
Depois de 39 semanas de espera a Isadora me foi entregue para permitir que eu pudesse experimentar essa constante felicidade. Podem até achar engraçado, mas como mãe, até minhas tristezas, meus medos, minhas angustias passaram a ser prazerosas e ...FELIZES! É verdade: descobri que é possível ser feliz até quando sofremos. Sofrer por um filho ou passar por todo tipo de trabalho ou provação que ser mãe implica é estar sendo feliz. Mas não pensem que sou daquelas mães babonas que acham lindo tudo que os filhos fazem e criam monstrinhos. Não. Quem me conhece sabe. Não é disso que estou falando.
Falo da capacidade que as mães têm (quase todas!) de transcender o significado da palavra felicidade. Enquanto antes ficávamos esperando o príncipe encantado, ou o emprego dos sonhos, ou “aquela roupitcha” maravilhosa e vendo nesse tipo de coisa a busca pela felicidade, hoje esse sentimento transborda ao ouvir: “Mãe, consegui!” Pode ser subir um degrau, amarrar os sapatos, pintar dentro da linha, passar no vestibular... Não importa! Me sinto plena apenas de ver como a minha filha olha nos meus olhos, ou em vê-la dormir.
Tudo, que nós, mães do século vinte e um, precisamos enfrentar, todos os dilemas, como ser profissional, manter a boa forma (ai, ai...), cuidar da vida sexual, estar antenada no que acontece no mundo, é motivo de angústia. Mas passar por tudo isso sendo MÃE, me traz MUITA FELICIDADE. Como já disse, há dois anos e cinco meses experimento o que vejo muitos buscando sem sucesso: ser plenamente feliz! Não deixei de continuar as minhas “buscas”, de querer mais da vida. Continuo buscando mais, mas agora tudo tem mais sentido, mais cor, mais verdade.
Ser MÃE pode nem sempre significar ser feliz. Essa á uma experiência que graças a Deus vivencio, pois minha filha é saudável e feliz. Vendo o Globo Repórter de ontem, me emocionei muito com uma mãe ao lado da filha em um leito de hospital dizendo-se a mãe mais feliz do mundo, pois sua filha veio p/ mudar a sua vida, para dar sentido e transformá-la em um ser melhor. Por menor que fosse o tempo que estariam juntas seria o melhor de todos e me mesmo se um dia se separassem ela carregaria pelo resto dos seus dias a felicidade que encontrou ao seu lado. MÃE é assim. Como disse ano passado, nunca aquela frase “sofrer no paraíso” teve tanto sentido.
Faço aqui um apelo pra que todas as mães saibam encontrar essa felicidade, senti-la nas pequenas coisas, pois é ali que ela está. Aproveitem cada sorriso, cada choro, e mesmo tendo que ser dura às vezes, possamos mesmo em silêncio sentir o que é ser plenamente feliz simplesmente por ser MÃE. Feliz dia, MAMÃES!!! Feliz todo dia!!!

Lili Coimbra

* Frase de Jack Kerouac


Este texto foi escrito em 2007, pelo dia das mães.

Família SEMPRE!

Adoro quando sons, imagens ou cheiros me remetem à algum lugar do passado! E como isso acontece comigo! Sinal de que tenho muitas lembranças... A última vez que isso aconteceu foi na quinta feira passada. Quem assistiu ao programa sobre o Cassino do Chacrinha? Nossa! Era uma coisa que eu tinha esquecido que fez parte da minha vida. Na minha família a televisão sempre foi um "ser" presente, quase 24 horas. Na quinta, deitada na minha cama, quando ouvi de novo aquela música... parece que uma gaveta há muito tempo fechada da minha mente se abriu. Vizualizei a minha casa na época, a sala pequeninha, a janela com a persiana fechada por causa do sol da tarde, aquele cheirinho de limpeza...sim, porque sábado a casa da D. Maria estava sempre impecável e geralmente eu já estava de banho tomado. Aquela música...aquele velhinho louco que jogava coisas nas pessoas da platéia, com aquela buzina e eu repetindo: "Terezinhaaaaa" Fantástico! Senti até o cheiro do bolo que estava no forno, ouvi as risadas do meu pai na sala, e vi a Vó Dócia rindo baixinho, disfarçada e com o tricô na mão. E daí a mãe vinha da cozinha ou de outro canto da casa pra dar uma espiadinha... "Coitado do calouro!" Aquela música me trouxe as tardes de sábado da minha infância, vi e senti tudo aquilo de novo em questão de segundos...bendita memória! Deitada na cama, meus olhos transbordaram umas duas lágrimas: uma de saudade da infância, outra de alegria por ter vivido aquele momento de novo. Enquanto limpava o rosto, e ria ao mesmo tempo, agradeci a Rede Globo, a quem inventou a televisão e a história de passar esses programas de novo, e principalmente à mãe e o pai por me darem essa infância tão boa, tranquila e simples que quinta feira experimentei de novo! "Abelardo Barbosa...tãntãtãnana...está com tudo e não está prosa..."